terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A tubarão dado não se olha o dente

Em espírito de comemoração pela crescente estatística na consulta deste espaço recreativo, já com 500 visualizações com as minhas também a contar para a estatística, apresento um tema de que gosto particularmente desde que não esteja associado ao cinema, os tubarões. Aproveito para dizer que 500 é também o número de quilos do Billy Robbins, que agora até tem um grupo de fãs no Facebook, e assim sendo pesa a metade de um tubarão Boca Grande (Megachasma pelagios). Apesar da enorme boca que apresenta o tubarão, o apetite do jovem Billy, é bem superior e dá baile de meia noite, pois o Boca Grande alimenta-se somente de plâncton. Se o jovem Billy comesse plâncton evitava estragar dois lugares de estacionamento em frente à casa dele com a grua que o transporta para ir à escola. Não querendo ser chato, 500 devem ser também o número de euros que este filme deve ter custado, não só porque o aspecto terrivelmente rasco o permite afirmar sem pestanejar, como metade das cenas do filme são roubadas desta outra maravilha!
Seguindo a trilha dos filmes de tubarões deparei-me com duas coisas fascinantes. Para além do tamanho e formato dos tubarões mecânicos utilizados nesses filmes não ter nada a ver quando comparados com as imagens reais dos verdadeiros bitchos que insistem em utilizar cena após cena, há também um ódio profundo dos bitcharocos por helicópteros! Isto não acontece só uma vez, é possível demarcar um padrão neste comportamento. Creio que seja algo tipo os touros com a cor vermelha e com os anões. Vamos começar pelo Jaws 2, tiri-titi tiri-titi malta em pânico, tiri-titi tiri-titi helicóptero vem salvar a malta, tiri-titi tiri-titi tubarão abocanha inexplicavelmente um pedaço de helicóptero a pensar que é rosbife! Tubarao 1, helicóptero 0. Round 2: no filme Great White, é possível verificar que o tubarão está extremamente incomodado com a presença do helicóptero sobre as suas águas, sendo posteriormente obrigado a intervir de forma drástica. Eu não vou mostrar todos os exemplos de indignação dos tubarões com tais aparelhos, senão tinha de falar  de praticamente todos os títulos de filmes merdosos de tubarões, ou seja, todos os filmes de tubarões menos o Jaws. Todavia posso mostrar-vos que até o Batman se ia lixando com esta história!
Aproveito então a rampa de lançamento deste assumido ódio de tubaralhos a aparelhos  voadores, para introduzir o título mais absurdo do blogue até à data: MEGA SHARK VS GIANT OCTOPUS!!!!!!!!!
Pois é, apesar de parecer incrível à primeira vista, o facto de ter o Lorenzo Lamas nesta película, esclarece-nos logo porque é que não podia ser um filme bom. Lorenzo Lamas, o hispânico, o engatatão, o cabelo, a pancadaria grossa, o renegado... A premissa do filme é que um Megalodon Charcharadon, vulgo tubarão pré-histórico predador lixado nas horas do mundo subaquático que conseguia engolir uma vaca inteirinha, encontra um polvo pré-histórico, do tamanho de uma lula gigante a que os cachalotes chamam um figo, e desatam à batatada. Isto porque toda gente sabe que os tubarões estão no topo da cadeia alimentar do mundo aquático e os polvos, bem esses são polvos e não sei porque raio se haviam de meter com tubarões. Ambos ficaram conservados no gelo desde tempos remotos e apareceram no presente para ver quem é que é o rei do bairro. Conclusão, quem paga as favas somos nós.
Apesar de todas estas estapafurdices, a verdade é que não há filme que ilustre melhor o tão conhecido ódio dos tubarões a aparelhos voadores. Na seguinte cena a situação está bem ilustrada. Trata-se também de uma cena onde podemos e devemos gritar fucking shit à puto excitado a ver uma cena de acção do Mark Dacascos: FOCKING SHET, MAN!
 Parvo, né? Como tornar um filme de tubarões mais apelativo? Talvez fazendo um filme onde é um tubarão a comer as torres gémeas ou a engolir as Canárias, não sei...
Para os interessados na defecação que é a carreira do Lorenzo Lamas, fica a indicação que o senhor tem um reality show no E! Enterteinment. Para os interessados em ver coisas ainda mais absurdas e sem jeito nenhum, vejam isto. Para os interessados em ver filmes com tubarões, meus amigos curem-se, pois no máximo apanham disto.
Por fim sublinho que gosto muito do Jaws e do facto de ele ser fibra de vidro/alumínio por dentro e borracha por fora.

(Obrigado Mr. Velas)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dispositivo FOCKING SHET, MAN!

Meus caros 3 seguidores, e restante meia dúzia de pessoas que por acidente aqui passaram, tal como alguém com paralisia cerebral acidentalmente fala sem se babar, proponho-me nesta publicação a uma elucidação sobre o dispositivo FOCKING SHET, MAN!
O dispositivo FSM! foi criado e já utilizado numa já muito badalada publicação deste blogue (LEPRECHAUN), que desde já digo é a minha favorita. Não sei se devo fazer tais apreciações sobre o meu "trabalho", pois corro o risco de me tornar narcisista ou algo do género... Todavia, trata-se do meu gosto pessoal e assim sendo, vou tentar justifica-lo com um exemplo prático. Ora, se posso dizer que gostei mais do facto de o Francisco "Cara-de-Cu" Assis ter apanhado nos cornos em Felgueiras do que este gajo ter levado um enfardamento por ter deixado a tabuada do Ratinho em casa, torna-se justo também poder afirmar que gostei mais da minha publicação do LEPRECHAUN do que das restantes. Contudo, o que eu gosto mesmo é de ver este Ching Chuei Xian a fazer judo noutro engravatado.
Esclarecido isto, volto ao dispositivo FSM!. Este, surge como condição sine qua non para descrever o entusiasmo que, uma coisa e/ou facto tão absurdo, tão intenso que até corta a respiração, suscita no espectador, fazendo-o imediatamente recordar os grandes filmes de pancadaria do passado. Obviamente que falo daqueles filmes com todas aquelas super estrelas que nem é preciso dizer o nome, mas que mais de metade entram nos Mercenários (The Expendables)! São sobretudo aquelas cenas míticas em que um indivíduo enquanto garoto se sentia tão dentro do filme e tão ninja como o protagonista ao ponto de repetir as asneiras proferidas, neste caso refiro-me a fucking shit. A condição infantil imediatamente remetia à má dicção ou má pronúncia do termo, fazendo o usuário adultera-la para "focking shet" e realizar o acrescento de um "man" no final que, não só cobria de estilo uma expressão já por si gloriosa, como também significava que o sentimento era de homem para homem. É de sublinhar que o significado se mantinha.
Vamos experimentar com um filme rasco ao calhas, digo ao calhas porque tenho uma espécie de Roda-da-Sorte que, em vez de gay, é bué de matcho e, em vez de letras, solta filmes podres. Também aproveito o compasso de espera, enquanto a roda vai girando, para dizer que só não é gay porque, quando fui estudar para fora e tive de andar muito tempo à procura de casa, descobri o Senhor .Ele disse-me logo: são 120 euros o aluguer do quarto mas não quero cá mariquices em casa. Refutei de seguida: Pronto, ganhou! Vamos ver o que a roda nos reservou...
DEMONIC TOYS foi a flatulência que a roda soltou. De tão mal cheirosa que é eu nem sei por onde começar... Ao contrário dos outros casos que apresentei, este conquistou a minha simpatia fundamentalmente  por duas razões: 1- ser um espírito e possuir brinquedos durante 66 anos e mantê-los "brincáveis" não é fácil. Logo este gajo tem mérito por conseguir ser divertido enquanto brinquedo durante tanto tempo. Experimentem fazer um quarto de hora de Traga-Bolas a ver se não dão logo um tiro nos cornos, quanto mais 66 anos...; 2 - porra, estar preso dentro de uma carrada de bonecos durante 66 anos também me fazia passar da mioleira e desatar a chacinar tudo o que fossem adolescentes e maus actores. O único ponto positivo disto para mim, é que, pelo menos, sendo eu todo dividido, podia mandar a parte onde estava o meu pénis ir urinar enquanto a outra metade com olhos ficava a ver o Jersey Shore relaxada no sofá! Falando a sério, como é que é possível? Como? Expliquem-me como raio é que estes filmes deprimentes que saem directamente para clubes de vídeo se propagam como o urina nas pernas da Fergie? O único ponto positivo é que ganho um blogue para escrever. Os pontos negativos, esses sucedem-se rapidamente, do tipo esta nojice tem uma sequela! Hã!? Outros títulos podres que apresentei também têm? Alguns até têm mais que uma? Verdade sim senhor, mas nenhum deles tem uma sequela passado oito anos, BOOYAH! Quem se iria dedicar a ressuscitar um fracasso de 1992 em 2010? Não sei a resposta porque não me quero dar ao trabalho de ir ver ao IMDB quem é o f%lho-da-put* do realizador.
Perante estes factos, este é o momento ideal de conjugar o Chakra todo com o Ki, (e se arranjarem espaço metam um bocadinho de Chi), e gritar bem alto fucking shit à puto entusiasmado a ver uma cena de cachaporra do Steven Seagal: FOCKING SHET, MAN!
A minha primeira observação é AH AH AH AH AH AH AH! A segunda, é que este filme é totalmente de acordo aquilo a que o FSM! se propõe. A terceira, é que os palermas que fizeram esta miséria nos provam que é possível fazer filmes com o Windows Movie Maker.
Agora, com licença, fiquem entretidos com isto enquanto eu vou ver o trailer do DEMONIC TOYS 2 em repeat até deixar de achar piada!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

De pequenino se torce o pepino

Esta conversa passou-se há duas semanas quando encontrei o Leonardo Dicaprio a sair da Primark no Dolce Vita Tejo. Esta é também uma oportunidade de contar o número de vezes que disse a palavra "nojento" durante o nosso diálogo:
AG - Ei! Leo, que andas aqui a fazer mano?
LD - (Hi5) Yo bro! Vim aqui despachar uma prenda de anos.
AG - Prenda de anos?! Seu nojento forreta! Com um activo medonho e vens à Primark comprar prendas...
LD - Epa, pode não ser uma prenda cara mas isso não quer dizer que não seja uma prenda boa... Né?
AG - Seu tinhoso nojento, não te atrevas a justificar-te! Logo agora que já tinha mais respeito por ti...
LD - Que história é essa de respeito?
AG - Falo do respeito que conquistaste com a regularidade na escolha de bons filmes. Falo principalmente do Inception e do Departed.
LD - Eh lá! Não vás por aí, sempre fui um gajo bem sucedido nos filmes!
AG - Bem sucedido não quer dizer que esses filmes tenham sido bons, né?
LD - Ok, ok... Peço desculpa...
AG - Assim está melhor.
LD - Eu realmente não fui feliz em participar no Titanic...
AG - Na verdade nem foi nesse esterco nojento que estava a pensar enquanto te repreendia.
LD - Ah! Claro, O Homem da Máscara de Ferro também foi um pequeno infortúnio...
AG - PEQUENO!? Seu hipócrita nojento! Para além de fazeres uma representação miserável nesse filme e embaraçar o excelente elenco que te acolheu mesmo quando entraste na sala de peito feito como um verdadeiro nojento, ainda tiveste a coragem de o promover e enganar as pessoas a irem vê-lo ao cinema. Foi só dinheiro a entrar para agora vires comprar prendas à Primark. Que falta de carácter!
LD - Eu sei, eu sei, perdoa-me!
AG - Hum... Não sei se deva perdoar um nojento como tu.
LD - Por favor! Primeiro a Giselle deixa-me e agora tu não me perdoas, assim não consigo viver!
AG - Certo, certo, hoje acordei com os pés de fora!
LD - Obrigado, sem o teu perdão não conseguiria superar mais uma fase depressive.
AG - Contudo, também não era da Bosta de Ferro que me estava a lembrar...
LD - Então?
AG - Era do CRITTERS 3!
LD - Chega! Isso foi como um tiro no peito! Eu não vou continuar aqui a ser humilhado e insultado por ti! Até mais ver!
AG - Cona nojento, nem sabe aceitar uma piada...

Fica o trailer do primeiro capítulo da saga CRITTERS! (o número de vezes que a palavra "nojento" se repetiu foram sete! Muito nojo se propagou ao longo deste pequeno desacato...)

Mais uma vez estamos perante uma criatura de metro e meio que dá cabo do canastro a meio mundo. Ao contrário do LEPRECHAUN, este bitcho não lança cenas verdes, mas tem um braço altamente desproporcional ao resto do corpo (pelo menos aquele braço que aparece aos 1:04). De certeza que é o braço de arregaçar a manga ao palhaço ou então é da família deste compadre (sim, este é o compadre que usa as duas mãos para chicotear o golfinho). Por isso rapaziada, se realmente querem ter antebraços de jeito, toca a abanar o coqueiro como se não houvesse amanhã! Voltando à película em análise, vê-se nitidamente que se trata de uma mão cheia de criaturas que se comportam como um béu-béu malcriado que só se limita a morder e a arranhar. Tendo isto esclarecido, porque raio não há ninguém a corre-los à biqueirada pela porta de casa ou a mostrar-lhes quem é o chefe? Será que eles são tão terríveis como esta máquina de matar? Seja qual for a razão, parece-me parvo que estes bitchos consigam criar a anarquia e espalhar o caos como bem lhes apetece.
Uma coisa é certa, eles não são fáceis de matar, senão não existia o CRITTERS 2!

WOW! Retiro o que disse, eles não lançam a cena verde do LEPRECHAUN, mas mandam umas agulhas de acupunctura que chegavam para alinhar o chakra do Haiti e espalhar Feng Shui suficiente para prevenir desgraças por mais de dez anos (esta incluída!).
Vamos reflectir um pouco, se o primeiro filme é uma ganda porcaria e o segundo praticamente transborda dó, por alma de quem se haveria de fazer um terceiro? Será que foi porque o realizador teve de pagar uma promessa por desafiar a morte e sair a respirar? Resposta a estas questões foi algo que não consegui obter, todavia, torna-se óbvio o porquê do ultraje que o Dicaprio sentiu, basta espreitar...

Ok, eu admito, realmente foi um golpe baixo da minha parte, mas o Dicaprio estava a pedi-las. Há várias maneiras de entrar no mundo do espectáculo enquanto garoto sem ser com uma participação no CRITTERS 3. Passo a enumera-las: 1 - ser um dos Goonies, 2 - ser um dos 3 Ninjas, 3 - ser a gaja do Exorcista, 4 - ser o segundo dos 3 Ninjas, 5 - entrar num filme muita podre do Joel Schumacher sobre vampiros, 6 - ser o terceiro dos 3 Ninjas. Por isso caro Dicaprio, pior início de carreira só se fosse com o Stallone no Italian Stallion...
Mas como dizem no fim do próximo trailer "chill out" malta, a diversão continua no CRITTERS 4!

Eu bem que queria parar de fazer referencia ao LEPRECHAUN, mas o facto das duas séries terem quatro filmes e acabarem ambos com capítulos no espaço, não me deixa outra saída. Parece que a cena do espaço é uma espécie de carta na manga, o último recurso para acabar uma série de filmes ranhosos em beleza. Será que há mais filmes, com trezentas sequelas, sem jeito nenhum, que acabam no espaço e eu desconheço? (!!!)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Surf in... U.S.A.?

Ao rever as Tartarugas Ninja 2: O segredo da lama verde, reparei num jovem rapaz que figura neste clássico dos anos 90, que fez delirar a malta que nasceu em 80 e que também piscou o olho aos mais crescidos de 70.  Sim, isto é exactamente o que parece, revi o filme e nem sequer precisaram de ameaçar a minha família de morte para eu o fazer. Primeiro senti-me como um garoto outra vez, depois ri-me de quão mal feitas eram as coisas no geral e os bons actores que lá figuram, basta espreitar o trailer! Voltando ao rapaz mistério, chamado Ernie Reyes Jr., e que ainda hoje é um mistério, pois o reconhecimento nesta treta toda vai mas é para os gajos que estavam dentro dos volumosos fatos de tartarugas, a mandar rotativos no ar com a mesma facilidade com que eu meto o garfo à boca enquanto como bacalhau à Gomes Sá, e não para a jovem estrela de artes marciais em ascensão, que faz de entregador de pizza, expert nas artes marciais. Contudo, pizza é bom, é sempre um ponto positivo, mas não o suficiente para este rapaz singrar no panorama dos filmes de pancadaria como um patrão a sério, remetendo-se a papeis menos bons. 
Na verdade, o melhor que este coitado fez, foi um papel secundário num filme do The Rock, onde andam à bulha de uma forma muito exagerada/ridícula/exagerada/parva/mau português ainda que seja português do Brasil/exagerada/WTF?!!!!!!!
Apesar de o Ernie Reyes Jr. hoje se poder gabar de possuir o 4º Dan de Tae-Kwon-Do (o pai, Ernie Reyes Sr., era o mestre, sobretudo no Inverno, quando fechavam o ginásio e ficavam sozinhos no escuro e depois iam tomar banho sozinhos, faziam sauna sozinhos, acendiam velas de incenso e punham creme sozinhos...) e ter participado em mais de uma dúzia de filmes de merda (mas merda tipo aquela merda de mistura que havia em Salir do Porto, no rio junto às dunas, que resultava da junção do lodo do rio com os dejectos das pecuárias, permitindo aos transeuntes sentir o quentinho por entre os dedos dos pés enquanto se colavam. Esse é o tipo de merda de que estou a falar.), o gaiato ainda hoje é conhecido como o tipo das pizzas no segundo filme das Tartarugas Ninja.
Pois é aqui que me consigo distinguir da maioria das pessoas, não por utilizar desodorizante para os pés, mas por já ter visto um filme, que não era de série B, em que o Ernie Reyes Jr. era , de facto, o protagonista, conspurcando desta forma a anterior imagem de vendedor da Telepizza que tinha dele. Pronto, eu sei que a Telepizza é um mau exemplo pois eles lá chamam-se todos Douglas, e não Ernie Reyes Jr., mas foi só para dar uma ideia da coisa. 
O filme a tratar nesta publicação, para desagrado daqueles que ficaram agarrados à cena das Tartarugas Ninja, é o SURF NINJAS. Que título parvo, pensam vocês e com razão. Aqui o jovem Ernie é um lorde do caraças, mas eu não digo isto por ele ser o protagonista, é que neste filme ele e o irmão são dois putos do surf mas que, de facto, para além de burros como todos os clichês de surfistas norte-americanos são realmente dois príncipes de uma ilha qualquer obrigados a ter a identidade escondida devido a uma grande crise que se abateu sobre a sua terra natal, ou seja, um ditador muito ruim, muito déspota e que a jogar ao berlinde metia sempre ao bolso. Este ditador é a única pessoa por quem tenho estima neste filme, o grande Leslie Nielsen, super estrela dos mais que clássicos, mega nostalgicos e ainda que ligeiramente ultrapassados, Aonde é que pára a polícia (de título original Naked Gun), partes 1, 2 e 3. Outro pintelho conhecido que aparece no filme é o Rob Schneider, aquele parolo do Gígolo Profissional (Deuce Bigalow), vou lhe dedicar tanto tempo a partir de agora como a piscar os olhos, pronto já está. 
O título, SURF NINJAS, insere-se totalmente nos propósitos deste blog: rasco, ranhoso, não tem piada e muito fraco, (palavra que anda na moda cá por casa, pode ser utilizada para descrever filmes maus e actrizes medíocres para além da Sofia Alves, por exemplo: "a Paula Neves, para além de rança, é uma actriz extremamente fraquinha!"). A história não vai além daquilo que é descrito na sinopse, à excepção de o Ernie ter de salvar a gaja boa da cena e comê-la, outro ponto de originalidade nestes filmes de acção/comédia de vómito. Outra curiosidade deste filme está, no facto de, o papel de mentor do principe ninja, caber ao seu pai Ernie Reyes Sr. Este, prova sem meias medidas que, para além de ser um às da representação, é igualmente um tipo com o qual não convém gozar porque sabe dar umas porradas balentes (ok, é mentira, nem nisso é muito convincente, mas é sem margem de dúvida um gajo com o costado bem quente, garanto-vos!) Fica o trailer dos ninjas surfistas muita malucos!
Promete, né????
Para quem não reparou com atenção o pai do jovem Ernie era o gajo da pala no olho, acessório esse que dá bueda estilo, senão o Sagat também não usava.
Chamo agora a atenção para a cena em que os garotos do filme se deparam com a infeliz realidade que são perseguidos por serem putos ricos. É de sublinhar que, nesta cena, o sistema de acender e apagar as luzes do restaurante funciona com interruptor, e não a atravessar os vidros da janela; a pancada aqui não é nada previsível, ninguém nota que foi tudo ensaiado e que estão uns à espera dos outros para fazer a sequência de golpes mortais; e acima de tudo, que não há cenas em fast forward. Ok, é mentira, a cena é altamente corrosiva...

Para aqueles que pensaram mesmo que já não ia falar mais das Tartarugas Ninja, guardei esta surpresa que ilustra bem os potentes guarda-roupas desse clássico infantil, disfrutem  (de notar que o fulano que faz de Shredder, mesmo com aqueles apetrechos todos à volta dele, faz por se notar que é um actor muito dotado, escola da Broadway meus caros!).

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Génese

Bem vindos aqueles que se depararam com este magnífico exemplar de espaço de diarreia cerebral. Este é um espaço onde sou TODO-PODEROSO e estou pouco me lixando para qualquer tipo de sensibilidades (excepto aquela sensibilidade que um gajo/gaja tem quando está num daqueles dias em que vai mais de 4 vezes à casa de banho defecar e só de pensar que tem de passar o papel higiénico no esfíncter novamente fica agonizado...). Foram várias as ideias que tinha para este bitcho que criei: rasco, absurdo, idiota, demente e sádico. Contudo irei apenas depositar com alguma frequência excertos de filmes ou séries incrivelmente pobres de espírito (tipo 37, aquela série policial podre da TVI onde a Sofia Alves (sim, essa actriz medíocre que nessa série faz uma interpretação desastrosa daquilo que é uma mulher a fugir temendo pela vida (aos 0:34 segundos, e sim isto é um parêntesis dentro de um parêntesis que por sua vez se encontra dentro de outro parêntesis) e fazer alguns comentários meio depreciativos, meio gozões (mas não aquele gozão de ver um deficiente a abraçar outras pessoas com força excessiva incontrolada típica dos mongolóides, a magoa-las sem que elas possam dizer para parar pois pensam que naquela cabeça retardada  só pode estar uma explosão de felicidade para agarrar alguém com essa intensidade).
Prometo outras surpresas que ainda estão em fase de experimentação e que se tornarão parte deste magnifico cardápio se esta bodega não me ocupar demasiado tempo a tentar agradar as 3 pessoas que o vão ler (sim, estou a contar comigo).

Enjoy!

PS: ok, acertaram, as outras duas pessoas são o meu irmão e namorada os quais vou torturar de forma incessante até lerem esta minha afirmação pós-adolescente de gajo que pensa que é bué criativo e tem as ideias formadas.

Desilusão anunciada

A película que passo a apresentar é, mais uma vez, tal como este espaço lúdico assim ordena, um título miserável e altamente prejudicial para quem teve oportunidade de ver. Não tão prejudicial como o ataque de um chimpanzé,  mas mais prejudicial como saber que nos metemos com a pessoa errada, que ela é duas vezes mais forte que nós, mas mesmo assim, temos de mostrar virilidade fazendo-lhe frente, sabendo de antemão que nos vamos aleijar mas compelidos a experimentar.
Foi exactamente isto que aconteceu comigo. Eu estava contente da minha vida (na altura com os meus 16 anos), quando dois amigos meus, sobre os quais tenho imensa estima, tal e qual como a Betty Grafstein tem por plásticas (ou se preferirem auto-deformação compulsiva), me falaram num filme mesmo assustador que tinham visto já há tempo. Eu levei em conta a opinião deles pois na maioria das vezes os nossos gostos são idênticos no que respeita à sétima arte. Em conta levei  também a vontade deles em rever o filme, que havia sido tão espectacular e assustador e com o qual não se calavam. Referi à pouco que tinha 16 anos quando tal caso se sucedeu, e foi nesta idade ou no ano anterior que se deu o meu brotar para apreciação de cinema mais exigente e de acordo com as bizarrices que me satisfazem. Esta era aquela fase em que, creio eu, toda a gente que gosta de ver uns filmes porreiros passa, e que, inevitavelmente começa a ver que os filmes da infância afinal não são assim tão bons, que aqueles grandes ídolos do antigamente são um bocado canastrões na arte da representação, e sobretudo que há, indubitavelmente, fórmulas pré-estabelecidas para os filmes dentro de cada género, sejam eles comédias românticas, terror, acção, etc.
Chegando ao videoclube (sim, na época ainda pouca gente sacava filmes de uma forma tão bruta como o Don Frye a arrear no Takayama e tínhamos de recorrer a tal estabelecimento) seguimos para a secção de vídeos em formato VHS, vulgo cassetes de vídeo (eu sei, eu sei, são coisas velhas e desactualizadas, mas não se preocupem que as referências ficam por aqui, num outro capítulo abordarei a temática das máquinas de escrever e dos comboios a vapor).
Lá passeámos, não mais do que 10 minutos, na secção dos monos, à procura de tal pérola do horror, até que os meus amigos, por fim, identificaram a película, A CASA DO PASSADO (ou House on Haunted Hill, remake de um filme com o mesmo título datado de 1959). Assim que peguei na caixa do filme vi lá Geoffrey Rush, mais uma cambada de actores desconhecidos na época, mas que não foram além de uma Jean Grey nos X-Men, a gaja loura com dupla personalidade do Heroes e o Peter Gallagher que a melhor coisa que fez foi entrar numa série fixolas chamada Californication. Após a leitura da sinopse a premissa tinha ido da excitação e da curiosidade para a desconfiança total. Trata-se de um filme sobre um marmanjo milionário cheio da guita e excêntrico, que tem uma casa assombrada e paga uma quantia exorbitante a quem lá for passar uma noite. Lá vimos o raio do filme e foi assim que A CASA DO PASSADO ficou realmente a fazer parte do meu passado (bacana esta afirmação, tipo bué da cena de ligar uma referência ao título e gozar, né?).




Através do trailer não é possível observar a estapafurdice em que esta perda de tempo apelidada de filme se baseia, sendo uma caixinha de surpresas. A verdade é que à medida que o visionamento do filme se ia aprofundando, os meus amigos que haviam apreciado tanto este filme no passado (trocadilho macaco com o filme outra vez), estavam agora agora a participar comigo na acção imperativa de o denegrir, pois nem sequer dá para gozar de tão rasco que é, (tipo aqueles filmes detestáveis do Ernesto a combater monstros).
Todavia, nada nos havia preparado para a cena final do filme, a qual os meus amigos já não se lembravam com pormenor e que fui completamente apanhado de surpresa sem qualquer tipo de preparação, como este desgraçado. A surpresa está numa frase deste guião ranhoso que ficou gravada na minha memória e no meu passado (não resisti de novo) para sempre, e que, pelos vistos, resulta mesmo no caso de se encontrarem numa situação enrascado de futuro (futuro, antítese de passado, ops, BOOYAH, outra vez a referência nice!)
Agora já sabem o que gritar para vos livrar de problemas, isto é, se um cigano vos tentar roubar gritem, I WAS ADOPTED, se tiverem uma dívida lixada ao fisco, I WAS ADOPTED, se tiverem um acidente de carro enquanto bêbados, I WAS ADOPTED, se enfiarem cenas estranhas no rabo e tiverem de ir tira-las ao hospital, bem isso é lá com vocês, não tenho nada a ver com isso...

sábado, 9 de outubro de 2010

Temível como a esporulação!

Esporulação é uma forma de reprodução que as bactérias assexuadas utilizam para além da divisão binária. Esta consiste na criação de uma estrutura em ambientes específicos chamada esporo. Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição, ou seja, são extremamente resistentes. Este título que vou apresentar é muito semelhante a uma bactéria, pois é extremamente nocivo e é resistente como os esporos produzidos para manter a sua linhagem.
Passo a apresentar o LEPRECHAUN. Tal como o nome indica é um duende, mesmo duende duende, daqueles que, quando um gajo pensa que não pode ser mais duende, o artista aparece-nos com trajes típicos dos duendes irlandeses e com menções a trevos de 4 folhas. Pois bem, temos aqui um caso de um duende assassino, que anda a atormentar uma catrefada de gente só porque tem prazer com chacina (a meu ver ou é anarca ou nunca levou um par de estalos da mãe duende para o obrigar a fazer os trabalhos e a limpar o quarto).



Para os mais atentos aquela é de facto a Jennifer Aniston, o que significa que antes do Friends ela já gostava entrar em porcarias sem jeito nenhum.
Ok, esta coisa balente que acabaram de ver mete medo ao susto, né? Claro que mete, toda gente pensou em fugir de um pigmeu daqueles antes que ele vá buscar um banco e subi-lo para nos conseguir dar um murro nos testículos. Ironia à parte eu cá só percebi no fim do trailer que o gajo é perigoso, pois ele lança raios verdes dos dedos e toda gente sabe que cenas verdes são lixadas (o Sporting, esse clube temível e este este amigo) Todavia o mal não termina aqui...



 É verdade, como se não se tratasse de mais um ranhoso filme de série B, o duende malandrinho volta à carga e afirma sem pudor mais uma vez a sua proveniência irlandesa (se o gajos do IRA arranjassem um destes já tinham partido tudo lá na terra dos bêbados e dos trevos). Mais uma vez surge também a cena ninja verde luminosa que o gajo insiste em mandar dos dedos. Juro que essa cena verde luminosa deve dar jeito quando um gajo chega bêbado a casa e tem de encontrar o caminho para o quarto sem ligar as luzes sob pena de acordar os pais.
Até aqui tudo certo, este é mais um daqueles filmes de terror de qualidade muito questionável que sai directamente para videoclube, blá, blá, blá... Como raio é que alguém pensa em fazer um terceiro deste esterco? Não têm que fazer ao dinheiro? Não têm contas para pagar em casa? Perderam uma aposta? A sério que eu gostava de saber... Caso para dizer fucking shit à puto entusiasmado a ver uma cena de porrada do Van Damme: FOCKING SHET, MAN!



Isto já se torna deprimente, mas verdade é que continua em mais um título, o quarto e último capítulo da saga (até ver!). Eu suponho que sei como surgiu a ideia para este filme: dois amigos, filhos de pais muito ricos e sem nada que fazer ao dinheiro estavam a lamentar como o spring break era altamente e que não podia terminar já que esta era última noite e que eram mesmo bué amigos, essas tretas de malta jovem sem rumo para a vida. Apesar de tudo chegaram a uma conclusão que foi - Ei, Tom! Depois de bebermos que nem parvos e espreitarmos tudo o que tenha tetos (ver aqui do que se trata), siga para Tijuana cheirar 3 kg de coca! E o Tom responde ao Stephen - Bora, man! Vai ser bué de fixe, BOOYAH! E então lá foram os dois todos contentes da vida. Enquanto cheiravam os 3 kg de branca, o Stephen (que sem sombra de dúvida era o gajo das ideias) disse - Man, como ainda temos bué de guita pa torrar bora fazer outro LEPRECHAUN! O Tom replicou - Boy, isso é de génio, mas estou reticente...
Stephen- Man, reticente porquê?
Tom - Tem de ser algo inovador, sem precedentes, original e que seja levado a sério!
Stephen - Já sei (cá está, ele era mesmo o gajo das ideias...), vamos fazer o LEPRECHAUN 4: In Space!
E pronto, aqui está mais uma lição de como o uso de estupefacientes altera a nossa percepção sobre a realidade.


(Já agora, o preto que aparece no trailer não dá uns ares ao Tiger Woods?)