segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Surf in... U.S.A.?

Ao rever as Tartarugas Ninja 2: O segredo da lama verde, reparei num jovem rapaz que figura neste clássico dos anos 90, que fez delirar a malta que nasceu em 80 e que também piscou o olho aos mais crescidos de 70.  Sim, isto é exactamente o que parece, revi o filme e nem sequer precisaram de ameaçar a minha família de morte para eu o fazer. Primeiro senti-me como um garoto outra vez, depois ri-me de quão mal feitas eram as coisas no geral e os bons actores que lá figuram, basta espreitar o trailer! Voltando ao rapaz mistério, chamado Ernie Reyes Jr., e que ainda hoje é um mistério, pois o reconhecimento nesta treta toda vai mas é para os gajos que estavam dentro dos volumosos fatos de tartarugas, a mandar rotativos no ar com a mesma facilidade com que eu meto o garfo à boca enquanto como bacalhau à Gomes Sá, e não para a jovem estrela de artes marciais em ascensão, que faz de entregador de pizza, expert nas artes marciais. Contudo, pizza é bom, é sempre um ponto positivo, mas não o suficiente para este rapaz singrar no panorama dos filmes de pancadaria como um patrão a sério, remetendo-se a papeis menos bons. 
Na verdade, o melhor que este coitado fez, foi um papel secundário num filme do The Rock, onde andam à bulha de uma forma muito exagerada/ridícula/exagerada/parva/mau português ainda que seja português do Brasil/exagerada/WTF?!!!!!!!
Apesar de o Ernie Reyes Jr. hoje se poder gabar de possuir o 4º Dan de Tae-Kwon-Do (o pai, Ernie Reyes Sr., era o mestre, sobretudo no Inverno, quando fechavam o ginásio e ficavam sozinhos no escuro e depois iam tomar banho sozinhos, faziam sauna sozinhos, acendiam velas de incenso e punham creme sozinhos...) e ter participado em mais de uma dúzia de filmes de merda (mas merda tipo aquela merda de mistura que havia em Salir do Porto, no rio junto às dunas, que resultava da junção do lodo do rio com os dejectos das pecuárias, permitindo aos transeuntes sentir o quentinho por entre os dedos dos pés enquanto se colavam. Esse é o tipo de merda de que estou a falar.), o gaiato ainda hoje é conhecido como o tipo das pizzas no segundo filme das Tartarugas Ninja.
Pois é aqui que me consigo distinguir da maioria das pessoas, não por utilizar desodorizante para os pés, mas por já ter visto um filme, que não era de série B, em que o Ernie Reyes Jr. era , de facto, o protagonista, conspurcando desta forma a anterior imagem de vendedor da Telepizza que tinha dele. Pronto, eu sei que a Telepizza é um mau exemplo pois eles lá chamam-se todos Douglas, e não Ernie Reyes Jr., mas foi só para dar uma ideia da coisa. 
O filme a tratar nesta publicação, para desagrado daqueles que ficaram agarrados à cena das Tartarugas Ninja, é o SURF NINJAS. Que título parvo, pensam vocês e com razão. Aqui o jovem Ernie é um lorde do caraças, mas eu não digo isto por ele ser o protagonista, é que neste filme ele e o irmão são dois putos do surf mas que, de facto, para além de burros como todos os clichês de surfistas norte-americanos são realmente dois príncipes de uma ilha qualquer obrigados a ter a identidade escondida devido a uma grande crise que se abateu sobre a sua terra natal, ou seja, um ditador muito ruim, muito déspota e que a jogar ao berlinde metia sempre ao bolso. Este ditador é a única pessoa por quem tenho estima neste filme, o grande Leslie Nielsen, super estrela dos mais que clássicos, mega nostalgicos e ainda que ligeiramente ultrapassados, Aonde é que pára a polícia (de título original Naked Gun), partes 1, 2 e 3. Outro pintelho conhecido que aparece no filme é o Rob Schneider, aquele parolo do Gígolo Profissional (Deuce Bigalow), vou lhe dedicar tanto tempo a partir de agora como a piscar os olhos, pronto já está. 
O título, SURF NINJAS, insere-se totalmente nos propósitos deste blog: rasco, ranhoso, não tem piada e muito fraco, (palavra que anda na moda cá por casa, pode ser utilizada para descrever filmes maus e actrizes medíocres para além da Sofia Alves, por exemplo: "a Paula Neves, para além de rança, é uma actriz extremamente fraquinha!"). A história não vai além daquilo que é descrito na sinopse, à excepção de o Ernie ter de salvar a gaja boa da cena e comê-la, outro ponto de originalidade nestes filmes de acção/comédia de vómito. Outra curiosidade deste filme está, no facto de, o papel de mentor do principe ninja, caber ao seu pai Ernie Reyes Sr. Este, prova sem meias medidas que, para além de ser um às da representação, é igualmente um tipo com o qual não convém gozar porque sabe dar umas porradas balentes (ok, é mentira, nem nisso é muito convincente, mas é sem margem de dúvida um gajo com o costado bem quente, garanto-vos!) Fica o trailer dos ninjas surfistas muita malucos!
Promete, né????
Para quem não reparou com atenção o pai do jovem Ernie era o gajo da pala no olho, acessório esse que dá bueda estilo, senão o Sagat também não usava.
Chamo agora a atenção para a cena em que os garotos do filme se deparam com a infeliz realidade que são perseguidos por serem putos ricos. É de sublinhar que, nesta cena, o sistema de acender e apagar as luzes do restaurante funciona com interruptor, e não a atravessar os vidros da janela; a pancada aqui não é nada previsível, ninguém nota que foi tudo ensaiado e que estão uns à espera dos outros para fazer a sequência de golpes mortais; e acima de tudo, que não há cenas em fast forward. Ok, é mentira, a cena é altamente corrosiva...

Para aqueles que pensaram mesmo que já não ia falar mais das Tartarugas Ninja, guardei esta surpresa que ilustra bem os potentes guarda-roupas desse clássico infantil, disfrutem  (de notar que o fulano que faz de Shredder, mesmo com aqueles apetrechos todos à volta dele, faz por se notar que é um actor muito dotado, escola da Broadway meus caros!).

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Génese

Bem vindos aqueles que se depararam com este magnífico exemplar de espaço de diarreia cerebral. Este é um espaço onde sou TODO-PODEROSO e estou pouco me lixando para qualquer tipo de sensibilidades (excepto aquela sensibilidade que um gajo/gaja tem quando está num daqueles dias em que vai mais de 4 vezes à casa de banho defecar e só de pensar que tem de passar o papel higiénico no esfíncter novamente fica agonizado...). Foram várias as ideias que tinha para este bitcho que criei: rasco, absurdo, idiota, demente e sádico. Contudo irei apenas depositar com alguma frequência excertos de filmes ou séries incrivelmente pobres de espírito (tipo 37, aquela série policial podre da TVI onde a Sofia Alves (sim, essa actriz medíocre que nessa série faz uma interpretação desastrosa daquilo que é uma mulher a fugir temendo pela vida (aos 0:34 segundos, e sim isto é um parêntesis dentro de um parêntesis que por sua vez se encontra dentro de outro parêntesis) e fazer alguns comentários meio depreciativos, meio gozões (mas não aquele gozão de ver um deficiente a abraçar outras pessoas com força excessiva incontrolada típica dos mongolóides, a magoa-las sem que elas possam dizer para parar pois pensam que naquela cabeça retardada  só pode estar uma explosão de felicidade para agarrar alguém com essa intensidade).
Prometo outras surpresas que ainda estão em fase de experimentação e que se tornarão parte deste magnifico cardápio se esta bodega não me ocupar demasiado tempo a tentar agradar as 3 pessoas que o vão ler (sim, estou a contar comigo).

Enjoy!

PS: ok, acertaram, as outras duas pessoas são o meu irmão e namorada os quais vou torturar de forma incessante até lerem esta minha afirmação pós-adolescente de gajo que pensa que é bué criativo e tem as ideias formadas.

Desilusão anunciada

A película que passo a apresentar é, mais uma vez, tal como este espaço lúdico assim ordena, um título miserável e altamente prejudicial para quem teve oportunidade de ver. Não tão prejudicial como o ataque de um chimpanzé,  mas mais prejudicial como saber que nos metemos com a pessoa errada, que ela é duas vezes mais forte que nós, mas mesmo assim, temos de mostrar virilidade fazendo-lhe frente, sabendo de antemão que nos vamos aleijar mas compelidos a experimentar.
Foi exactamente isto que aconteceu comigo. Eu estava contente da minha vida (na altura com os meus 16 anos), quando dois amigos meus, sobre os quais tenho imensa estima, tal e qual como a Betty Grafstein tem por plásticas (ou se preferirem auto-deformação compulsiva), me falaram num filme mesmo assustador que tinham visto já há tempo. Eu levei em conta a opinião deles pois na maioria das vezes os nossos gostos são idênticos no que respeita à sétima arte. Em conta levei  também a vontade deles em rever o filme, que havia sido tão espectacular e assustador e com o qual não se calavam. Referi à pouco que tinha 16 anos quando tal caso se sucedeu, e foi nesta idade ou no ano anterior que se deu o meu brotar para apreciação de cinema mais exigente e de acordo com as bizarrices que me satisfazem. Esta era aquela fase em que, creio eu, toda a gente que gosta de ver uns filmes porreiros passa, e que, inevitavelmente começa a ver que os filmes da infância afinal não são assim tão bons, que aqueles grandes ídolos do antigamente são um bocado canastrões na arte da representação, e sobretudo que há, indubitavelmente, fórmulas pré-estabelecidas para os filmes dentro de cada género, sejam eles comédias românticas, terror, acção, etc.
Chegando ao videoclube (sim, na época ainda pouca gente sacava filmes de uma forma tão bruta como o Don Frye a arrear no Takayama e tínhamos de recorrer a tal estabelecimento) seguimos para a secção de vídeos em formato VHS, vulgo cassetes de vídeo (eu sei, eu sei, são coisas velhas e desactualizadas, mas não se preocupem que as referências ficam por aqui, num outro capítulo abordarei a temática das máquinas de escrever e dos comboios a vapor).
Lá passeámos, não mais do que 10 minutos, na secção dos monos, à procura de tal pérola do horror, até que os meus amigos, por fim, identificaram a película, A CASA DO PASSADO (ou House on Haunted Hill, remake de um filme com o mesmo título datado de 1959). Assim que peguei na caixa do filme vi lá Geoffrey Rush, mais uma cambada de actores desconhecidos na época, mas que não foram além de uma Jean Grey nos X-Men, a gaja loura com dupla personalidade do Heroes e o Peter Gallagher que a melhor coisa que fez foi entrar numa série fixolas chamada Californication. Após a leitura da sinopse a premissa tinha ido da excitação e da curiosidade para a desconfiança total. Trata-se de um filme sobre um marmanjo milionário cheio da guita e excêntrico, que tem uma casa assombrada e paga uma quantia exorbitante a quem lá for passar uma noite. Lá vimos o raio do filme e foi assim que A CASA DO PASSADO ficou realmente a fazer parte do meu passado (bacana esta afirmação, tipo bué da cena de ligar uma referência ao título e gozar, né?).




Através do trailer não é possível observar a estapafurdice em que esta perda de tempo apelidada de filme se baseia, sendo uma caixinha de surpresas. A verdade é que à medida que o visionamento do filme se ia aprofundando, os meus amigos que haviam apreciado tanto este filme no passado (trocadilho macaco com o filme outra vez), estavam agora agora a participar comigo na acção imperativa de o denegrir, pois nem sequer dá para gozar de tão rasco que é, (tipo aqueles filmes detestáveis do Ernesto a combater monstros).
Todavia, nada nos havia preparado para a cena final do filme, a qual os meus amigos já não se lembravam com pormenor e que fui completamente apanhado de surpresa sem qualquer tipo de preparação, como este desgraçado. A surpresa está numa frase deste guião ranhoso que ficou gravada na minha memória e no meu passado (não resisti de novo) para sempre, e que, pelos vistos, resulta mesmo no caso de se encontrarem numa situação enrascado de futuro (futuro, antítese de passado, ops, BOOYAH, outra vez a referência nice!)
Agora já sabem o que gritar para vos livrar de problemas, isto é, se um cigano vos tentar roubar gritem, I WAS ADOPTED, se tiverem uma dívida lixada ao fisco, I WAS ADOPTED, se tiverem um acidente de carro enquanto bêbados, I WAS ADOPTED, se enfiarem cenas estranhas no rabo e tiverem de ir tira-las ao hospital, bem isso é lá com vocês, não tenho nada a ver com isso...

sábado, 9 de outubro de 2010

Temível como a esporulação!

Esporulação é uma forma de reprodução que as bactérias assexuadas utilizam para além da divisão binária. Esta consiste na criação de uma estrutura em ambientes específicos chamada esporo. Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição, ou seja, são extremamente resistentes. Este título que vou apresentar é muito semelhante a uma bactéria, pois é extremamente nocivo e é resistente como os esporos produzidos para manter a sua linhagem.
Passo a apresentar o LEPRECHAUN. Tal como o nome indica é um duende, mesmo duende duende, daqueles que, quando um gajo pensa que não pode ser mais duende, o artista aparece-nos com trajes típicos dos duendes irlandeses e com menções a trevos de 4 folhas. Pois bem, temos aqui um caso de um duende assassino, que anda a atormentar uma catrefada de gente só porque tem prazer com chacina (a meu ver ou é anarca ou nunca levou um par de estalos da mãe duende para o obrigar a fazer os trabalhos e a limpar o quarto).



Para os mais atentos aquela é de facto a Jennifer Aniston, o que significa que antes do Friends ela já gostava entrar em porcarias sem jeito nenhum.
Ok, esta coisa balente que acabaram de ver mete medo ao susto, né? Claro que mete, toda gente pensou em fugir de um pigmeu daqueles antes que ele vá buscar um banco e subi-lo para nos conseguir dar um murro nos testículos. Ironia à parte eu cá só percebi no fim do trailer que o gajo é perigoso, pois ele lança raios verdes dos dedos e toda gente sabe que cenas verdes são lixadas (o Sporting, esse clube temível e este este amigo) Todavia o mal não termina aqui...



 É verdade, como se não se tratasse de mais um ranhoso filme de série B, o duende malandrinho volta à carga e afirma sem pudor mais uma vez a sua proveniência irlandesa (se o gajos do IRA arranjassem um destes já tinham partido tudo lá na terra dos bêbados e dos trevos). Mais uma vez surge também a cena ninja verde luminosa que o gajo insiste em mandar dos dedos. Juro que essa cena verde luminosa deve dar jeito quando um gajo chega bêbado a casa e tem de encontrar o caminho para o quarto sem ligar as luzes sob pena de acordar os pais.
Até aqui tudo certo, este é mais um daqueles filmes de terror de qualidade muito questionável que sai directamente para videoclube, blá, blá, blá... Como raio é que alguém pensa em fazer um terceiro deste esterco? Não têm que fazer ao dinheiro? Não têm contas para pagar em casa? Perderam uma aposta? A sério que eu gostava de saber... Caso para dizer fucking shit à puto entusiasmado a ver uma cena de porrada do Van Damme: FOCKING SHET, MAN!



Isto já se torna deprimente, mas verdade é que continua em mais um título, o quarto e último capítulo da saga (até ver!). Eu suponho que sei como surgiu a ideia para este filme: dois amigos, filhos de pais muito ricos e sem nada que fazer ao dinheiro estavam a lamentar como o spring break era altamente e que não podia terminar já que esta era última noite e que eram mesmo bué amigos, essas tretas de malta jovem sem rumo para a vida. Apesar de tudo chegaram a uma conclusão que foi - Ei, Tom! Depois de bebermos que nem parvos e espreitarmos tudo o que tenha tetos (ver aqui do que se trata), siga para Tijuana cheirar 3 kg de coca! E o Tom responde ao Stephen - Bora, man! Vai ser bué de fixe, BOOYAH! E então lá foram os dois todos contentes da vida. Enquanto cheiravam os 3 kg de branca, o Stephen (que sem sombra de dúvida era o gajo das ideias) disse - Man, como ainda temos bué de guita pa torrar bora fazer outro LEPRECHAUN! O Tom replicou - Boy, isso é de génio, mas estou reticente...
Stephen- Man, reticente porquê?
Tom - Tem de ser algo inovador, sem precedentes, original e que seja levado a sério!
Stephen - Já sei (cá está, ele era mesmo o gajo das ideias...), vamos fazer o LEPRECHAUN 4: In Space!
E pronto, aqui está mais uma lição de como o uso de estupefacientes altera a nossa percepção sobre a realidade.


(Já agora, o preto que aparece no trailer não dá uns ares ao Tiger Woods?)